Encontrar Meia-Lua sempre é uma experiência incrível. Hoje tivemos o primeiro ensaio juntos para as próximas apresentações d'O Corpo Perturbador, dias 07 e 10 de Dezembro. Para mim, retomar este projeto agora, depois de um ano de distância, me possibilitou reavaliá-lo e pensá-lo com uma outra dinâmica, outra energia.
Meu corpo (o de ninguém) já não é o mesmo de dois anos atrás, quando estreamos o trabalho. De lá para cá, descobri que tenho osteoporose, tive diverticulite no meio da primeira temporada, estou com uma epicondilite.... tudo isso afeta a minha dança/vida. Meia Lua também já sente ou revela mudanças corporais, confessa dores, entorses, cansaço... E isso é fundamental para o trabalho, porque como diz a deliciosa Maíra Spanghero, "não quero que se machuquem nunca mais".
Por causa de tudo isso precisei rever algumas cenas do espetáculo e o desafio está em manter os climas com outras dinâmicas. O difícil é estar dentro tentando ser "olhar externo". Também percebo que esses dois corpos, por si só, já tem uma força cênica, já comunicam e reclamam tantas coisas...
Podemos estar mais calmos (sem perder a tensão), mas com cuidado para não ficar parecendo maracujá murchando, mole, sem vida....
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