Resposta que dei à loja Centauro, agora a pouco, quando eles me procuraram para dialogar sobre minha reclamação na última sexta-feira:
Bom dia, me chamo Carlos Eduardo Oliveira do Carmo (Edu Oliveira no facebook) e fiz uma reclamação, nas minhas redes sociais, sobre a loja Centauro, sexta-feira. Agradeço de antemão a disponibilidade de diálogo.
Pela segunda vez tenho problemas com a citada loja no Shopping Barra-Salvador. Sou cadeirante, autônomo, viajo sozinho para todos os lugares, sou coreógrafo e dançarino profissional com um relativo reconhecimento aqui na cidade pelos trabalhos que desenvolvo. Acho importante destacar essas coisas porque todos sabem que sou uma pessoa independente e que sou militante pelas causas de acessibilidade, inclusive, estou fazendo mestrado sobre políticas públicas de inclusão, justamente para poder ter conhecimento e tentar mudar a consciência e as atitudes de alguns setores da sociedade.
Na referida loja, ela segunda-vez, fui impossibilitado de efetuar o pagamento da minha compra porque não há nenhum balcão rebaixado para atendimento ou para cadeirante, ou para anão, ou para qualquer outra pessoa que tenha uma estatura menor, quer seja deficiente ou não. Eu já fiz esta reclamação anteriormente, mas me parece que a loja não compreende que desta forma exclui alguns clientes que não podem se dirigir ao balcão.
Na ocasião, eu estava acompanhado de minha irmã que perguntou à funcionária do caixa onde era o atendimento preferencial. Esta, em tom de ironia, sem ter me visto porque o balcão impede, perguntou se seria para minha irmã este atendimento. Esta apontou em minha direção e eu comecei a balançar os braços para que a funcionária pudesse ver que existia alguém ali embaixo. Fomos informados que qualquer caixa era preferencial e no momento do meu atendimento, não pude efetuar o pagamento porque a máquina do débito não tinha fio que chegasse até a mim para digitar a senha. Queriam que eu digitasse minha senha de maneira que todas as outras pessoas que estavam atrás de mim conseguiriam ver algo que é sigilosa e pessoal. A pessoa do caixa chamou outro funcionário que ao ser questionado por mim, informou que o balcão é padrão em todas as lojas Centauro. Ou seja, TODAS AS LOJAS CENTAURO descumprem uma lei de acessibilidade que prevê atendimento preferencial às pessoas com deficiência. Resolveram então mudar a máquina e foram, no momento do atendimento, tentar fazer a máquina sem fio funcionar, não tenho conhecimentos tecnológicos para entender como estava sendo feito isso. O fato é que, após ajustarem aquilo, me deram uma máquina que não processou minha compra.
Diante do constrangimento e do aborrecimento, saí sem poder levar a bomba para encher o pneu da minha cadeira de rodas, irritado, com a certeza de que nunca mais entrarei nesta loja.
Sem mais
Edu O.
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