Ontem quando liguei a tv, passando pelos canais de esporte, senti uma mão alisando meus cabelos, me fazendo um carinho, compreendendo o que os meus olhos diziam e minha expressão queria revelar. Para mim foi um momento de epifania.
O sul-africano Oscar Pistorius é o primeiro atleta amputado a competir em um mundial entre atletas sem deficiências físicas. Ele e sua equipe estão no Campeonato Mundial de Atletismo, disputado em Daegu, na Coreia do Sul.
Neste momento em que nos batemos, aqui no Brasil, com políticas públicas voltadas para segmentos, criando os guetos, os nichos, separando as pessoas e suas especificidades em grupos fechados, para mim a participação deste atleta num evento deste porte é algo que precisamos celebrar, comemorar aos gritos. Exatamente por invadir territórios fechados e excludentes, são ações como esta que temos que festejar. Pois com ações afirmativas, positivas, mostrando que estamos no mesmo nível de competição, que somos capazes de ocupar espaços que anteriormente não nos era permitido pelo preconceito, e até mesmo pela falta de preparo, que estaremos efetivando a luta pela acessibilidade, estará se fazendo a verdadeira inlcusão.
Confesso que chorei, que choro agora porque me sinto representado ali naquele corpo, naquele homem, naquela luta. Ele está nesta competição porque entrou com processo judicial, provando que deveria estar ali. Um dia, tenho certeza, estará simplemente pelo mérito.
Enquanto isso, outros se contentam e concordam com um Edital específico para deficientes, achando que é assim que haverá reparações.
Desculpem, minha escrita hoje deve estar confusa, vaga.... é que meu peito transborda emocionado com este momento histórico.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Quando a vida impõe os seus desejos
Houve um pequeno instante, nesta última Segunda-feira, dia 22/08, em que eu saí de mim. Não sei explicar direito, mas parecia gente apaixonada que treme e esquece o mundo ao ver o objeto da paixão. É quase isso. Foi assim quando vi Wagner Schwartz que estava no Espaço Xisto Bahia com seu Pequeno Ballet Tropical [Coletivo Construções Compartilhadas], num projeto deste coletivo de amigos queridos.
Wagner, junto com Fafá, foi um dos responsáveis pelo projeto O Corpo Perturbador. Quando eu ainda não sabia direito como abordar o tema, nem tinha a clareza do que era e o recorte que eu queria dar, ele me presenteou com trocas de emails e textos de Suely Rolnik e sua presença em minha vida e tudo que ele representa.
Há tanto tempo não nos encontravámos! E a alegria foi tanta e meu coração pulava dentro de mim que demorou um pouco até eu me acalmar e escutar o que ele dizia. Eu só olhava e aquilo era tudo. E tudo voltava com saudade de Clênio e que bom que eu estava com Cate e estamos sempre. Pois é assim, quem está, está sempre, mesmom que distante.
Infelizmente não consegui mais vê-lo. Na terça-feira teve o "abençoado" encontro com o MINC e perdi tudo o que Wagner poderia me oferecer falando se sua obra, falando de si mesmo. Suas referências, processos, humanidade e vida.
Fui correndo nos arquivos do computador pegar nossos papos, todos copiados e colados na pasta do projeto e encontrei esses 2 emails, talvez os últimos dessa safra Corpo.
foto de Catarina Gramacho
10/07/2008
Wagner, meu bem, vim aqui antes do prazo de um mês (faltando pouquinho) para dizer que irei me atrasar na tarefa de ler todos s textos de Suely Rolnik. Quanto a Bach estou aguardando Alexandre com o cd, não estamos nos encontrando. Uma coisa que achei incrível foi ter pego o primeiro texto para ler e escolhi O Anjo e a trapezista, sobre Asas do desejo, um dos filmes que mais gosto e além disso me remeteu tanto a Judite. Ainda escolhi um segundo que não me recordo o nome e este falava sobre a Síndrome do Pânico, outro tema que abordei em Judite. Achei tão simbólico escolher textos que me remetem ao meu último trabalho justamente quando dou início a um novo. Como se fosse um ciclo. Como se a lagarta agora estivesse criando asas. Asas do Desejo!!!
Esse mês foi sufoco para mim, pq recebi visita de um amigo paulista por 15 dias e daí vc sabe que tem q sair, mostrar cidade, farra... juntou com São joão, São Pedro, viagens e ainda minha irmã parindo a qualquer momento. Estamos mudando coisas da casa para abrigar meu sobrinho que ainda nem chegou e já está fazendo rebuliço em nossas vidas. Estou super contente!!!!
Pretendo me acalmar e voltar à concentração para o trabalho. Não quis forçar nada, porque o movimento que a vida está me indicando é tão belo e raro que não quero perder esse embalo, pois daqui a pouco embalarei o amor em meus braços e daí já é um outro momento.
Olhe, se você puder passe rapidinho no meu blog e veja minha história com Monga.Éé bem divertidinha e eu adoro lembrar disso. Tempo que parece agora de tão feliz!!!
Beijos
edu, meu amor.
se vc quiser cumprir, como um aluno, as coisas q eu te peço,
já já eu vou te esquecer.
mas, se vc retorna um e-mail como esse
em que a vida te toma tempo
eu estarei presente:
pq ainda não conseguimos escrever a vida.
é isso o q me deixa feliz.
sei q estamos juntos, já é o bastante.
as coisas vão caminhando.
nosso amor também.
beijos saudosos,
w.
se vc quiser cumprir, como um aluno, as coisas q eu te peço,
já já eu vou te esquecer.
mas, se vc retorna um e-mail como esse
em que a vida te toma tempo
eu estarei presente:
pq ainda não conseguimos escrever a vida.
é isso o q me deixa feliz.
sei q estamos juntos, já é o bastante.
as coisas vão caminhando.
nosso amor também.
beijos saudosos,
w.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
O que mesmo eu estou falando?
Sobre o que mesmo eu estou falando? Para quem?
Falo sobre mim, isso é óbvio, mas o que eu falo também está em tudo, em todos: No cigano, no índio, no negro, no japonês... no engenheiro, médico, ator, dançarino, professor, jornalista, produtor.... está no analfabeto e no letrado... está na cultura, na arquitetura, turismo, economia, educação... Está na criança, adulto, jovem, velho...
O que eu falo é simples de entender, mas se você não sente apertar ou não conhece alguém que tenha o calo, é comum achar que não é com você o que eu falo. Mas eu também falo de você.
Porque acessibilidade não é exclusividade de deficiente e hoje me permitirei sair das nomenclaturas exigidas, do politicamente correto “pessoa com deficência”, porque quando eu não vivia sob as regras e normas da tal “inclusão” eu era muito mais incluído. Eu nem sabia que isso existia porque eu simplesmente vivia e estava em todos os espaços sem me sentir invasor de um território que agora me fazem pensar que não era meu.
Talvez as nomenclaturas tenham afastado as pessoas do real sentido do que significam. Acessibilidade. Palavra difícil de compreender e de familiarizar, chegar perto. Simplesmente é permitir que todas as pessoas tenham acesso a bens e produtos igualmente.
Ontem participei do Fórum de Políticas Culturais, na Sala do Coro do TCA, com a presença de Sérgio Mamberti – Secretário de Políticas Culturais do MINC e Américo Córdula - Diretoria de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais que falaram sobre o Plano Nacional de Cultura. Nesta ocasião entreguei a Carta Repúdio ao Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”.
Quando tive oportunidade repeti tudo que já falei aqui sobre o absurdo do Edital, os equívocos, o desrespeito a determinados pontos que já haviam sido discutidos na Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para Inclusão de Pessoas com Deficiência, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 16 e 18 de outubro de 2008, documento que serve de base para o referido Edital. Américo disse que já tinha conhecimento da Carta, afirmou que o Edital havia começado quando ele estava à frente da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura que agora está com Marta Pavese Porto, mas havia sido deslocado e não tomou mais conhecimento do que havia acontecido. Tanto ele quanto Sérgio Mamberti demonstraram concordar com nossa queixa, mas também percebemos que dali não sairia muita coisa. Américo, inclusive, disse que eles já tinham conhecimento da Carta Repúdio e que esta já havia chegado ao seu email.
Por um lado fico satisfeito que em tão pouco tempo nossa mobilização já tenha chegado aonde ela deveria chegar. O MINC já tem conhecimento que estamos atentos e que não aceitamos mais as migalhas que o discurso da inclusão teima em dizer que é caviar. Não podemos mais aceitar que um evento como o de ontem, por exemplo, não tenha preocupação com a Acessibilidade Plena, como está definido em LEI e que o MINC patrocina e promove eventos e projetos sem esta preocupação. Tentaram justificar o valor alto para se fazer acessibilidade, entendemos e sabemos disso, mas é esta a questão principal que jogamos ao Governo. O que eles estão fazendo para promover esta acessibilidade?
Não podemos admitir que os segmentos sociais não se mobilizem também a favor desta causa que é, sim, da conta de todos. Os movimentos Negro, LGBTS, Indígena, Cigano, Cultura Popular e todos os demais, tem que assumir também esta responsabilidade, porque deficiência não é etnia, não é segmento. Deficiência é condição física e assim sendo, está ligada a todas as pessoas. Afinal para ser pessoa você tem que ter físico, corpo.
Nosso abaixo-assinado continua online e eu peço mais uma vez que todos assinem, tenham consciência de sua responsabilidade nesta causa e saiba que isso faz parte de sua vida. Infelizmente não tivemos até agora a adesão desejada. Mas ainda temos esperança e faremos barulho até que todos saibam e entendam o que dizemos.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13330
domingo, 21 de agosto de 2011
Um recorte visual no espaço
Fico em crise quando tenho que preencher formulário e perguntam o que eu sou: Dançarino? Artista Plástico? Nada? Criador? Criativo? Acho tão complicado restringir porque penso nos projetos de forma mais aberta. Principalmente nesses últimos tempos e trabalhos estou cada vez mais próximo à minha formação em Belas Artes. O que me influencia, o que eu penso primeiro, o que estimula minhas criações é a parte visual, as formas, cores, a tridimensionalidade, inclusive do meu corpo. Aí entra o movimento. O texto também me influencia muito: Becket, Lispector, Quintana, Drummond, Meirelles, Machado, Lucinda e Mabel. A música não tanto.
Penso o que eu faço como um recorte visual no espaço e também por isso tenho desejado cada vez mais sair dos espaços tradicionais, me jogar em praças, praias, pátios, corredores... porque são espaços ricos que compõem junto com a obra. A dança ali sendo mais um elemento, o artista, o dançarino, compondo aquele momento e as pessoas podem me esquecer, se perderem em outros detalhes de textura, cheiro, reboco, sabores..... o que busco é a atmosfera.
Hoje acordei querendo ver imagens de Mathew Barney porque, ontem, um amigo me mostrou coisas ótimas e disse que se lembrou dele ao ver imagens dO Corpo Perturbador. Percebi que preciso mergulhar e descobri o universo deste norte-americano e beber da fonte.
Penso o que eu faço como um recorte visual no espaço e também por isso tenho desejado cada vez mais sair dos espaços tradicionais, me jogar em praças, praias, pátios, corredores... porque são espaços ricos que compõem junto com a obra. A dança ali sendo mais um elemento, o artista, o dançarino, compondo aquele momento e as pessoas podem me esquecer, se perderem em outros detalhes de textura, cheiro, reboco, sabores..... o que busco é a atmosfera.
Hoje acordei querendo ver imagens de Mathew Barney porque, ontem, um amigo me mostrou coisas ótimas e disse que se lembrou dele ao ver imagens dO Corpo Perturbador. Percebi que preciso mergulhar e descobri o universo deste norte-americano e beber da fonte.
No meio das imagens que me chegaram, apareceu um video associado que me fascinou.
The Deer House (A Casa dos Cervos), criado por Jan Lauwers e Needcompany, funde realidade e ficção para contar o com os horrores da guerra.
The Deer House (A Casa dos Cervos), criado por Jan Lauwers e Needcompany, funde realidade e ficção para contar o com os horrores da guerra.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Intolerável
Folha de São Paulo OPINIÃO
São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 2011
MARINA SILVA
Intolerável
Corrupção mata. Entender isso é fundamental para atacar um dos males que mais empatam o desenvolvimento socioeconômico e político do Brasil. Ainda há quem não veja a conexão entre corrupção e violência, mas elas estão intimamente ligadas.
Da mesma forma, devemos entender que a baixa eficiência e o mau funcionamento dos serviços do Estado estão tremendamente relacionados à cultura da corrupção, ao patrimonialismo, à falta de transparência e à baixa capacidade de mobilização social.
A morte da juíza Patrícia Acioli, no Rio, não é apenas um crime brutal. A execução de uma servidora pública correta e rigorosa com os crimes, principalmente os cometidos por agentes públicos, revela a força que as máfias têm no país. E o tamanho que elas adquiriram, graças à corrupção.
Quando a propina chancela e incentiva o desvio de conduta, torna-o cada vez maior. E chega a um ponto em que vê na lei um obstáculo que precisa ser removido, tirando do caminho quem a faz cumprir.
É na má política que se choca o ovo da serpente da violência policial e das relações espúrias entre poder de Estado e delinquência. Quem assistiu aos filmes de José Padilha "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2" pode ver como a propina de todo dia fortalece a mão que aperta o gatilho contra os inocentes.
A morte de Patrícia Acioli é uma afronta ao Estado democrático de Direito. Ela não é apenas mais uma vítima. Era alguém que, no desempenho de suas funções, buscava combater a barbárie de grupos que querem controlar a vida de quem mora na periferia e, claro, o próprio Estado.
Matar uma juíza revela enorme convicção da própria impunidade. É uma declaração de guerra às leis, à democracia e à sociedade. Assim como é inaceitável que o Brasil conviva com a execução de uma juíza, também não é mais tolerável convivermos com o nível de corrupção que tem marcado o nosso país.
Vemos, na mídia, como a Índia, país com problemas maiores do que os nossos, desperta vigorosamente para o combate à corrupção. E o que falta para o Brasil? Quanto mais indignada for a resposta da sociedade aos escândalos e aos homicídios de cada dia, maior será o poder de reação contra essas mazelas no âmbito do próprio Estado.
A autoridade pública da menor à maior se sentirá fortalecida e incentivada a agir contra a corrupção, que é, em si, uma forma de violência contra a coletividade.
A faxina, então, deixa de ser rápida, como se faz quando chega uma visita inesperada, e passa a ser permanente, vigorosa, profunda. É desse nível de exigência que precisamos. Se nos acostumarmos a deixar barato, perderemos o controle do que é público, do que é de todos nós.
MARINA SILVA escreve às sextas-feiras nesta coluna.
São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 2011
MARINA SILVA
Intolerável
Corrupção mata. Entender isso é fundamental para atacar um dos males que mais empatam o desenvolvimento socioeconômico e político do Brasil. Ainda há quem não veja a conexão entre corrupção e violência, mas elas estão intimamente ligadas.
Da mesma forma, devemos entender que a baixa eficiência e o mau funcionamento dos serviços do Estado estão tremendamente relacionados à cultura da corrupção, ao patrimonialismo, à falta de transparência e à baixa capacidade de mobilização social.
A morte da juíza Patrícia Acioli, no Rio, não é apenas um crime brutal. A execução de uma servidora pública correta e rigorosa com os crimes, principalmente os cometidos por agentes públicos, revela a força que as máfias têm no país. E o tamanho que elas adquiriram, graças à corrupção.
Quando a propina chancela e incentiva o desvio de conduta, torna-o cada vez maior. E chega a um ponto em que vê na lei um obstáculo que precisa ser removido, tirando do caminho quem a faz cumprir.
É na má política que se choca o ovo da serpente da violência policial e das relações espúrias entre poder de Estado e delinquência. Quem assistiu aos filmes de José Padilha "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2" pode ver como a propina de todo dia fortalece a mão que aperta o gatilho contra os inocentes.
A morte de Patrícia Acioli é uma afronta ao Estado democrático de Direito. Ela não é apenas mais uma vítima. Era alguém que, no desempenho de suas funções, buscava combater a barbárie de grupos que querem controlar a vida de quem mora na periferia e, claro, o próprio Estado.
Matar uma juíza revela enorme convicção da própria impunidade. É uma declaração de guerra às leis, à democracia e à sociedade. Assim como é inaceitável que o Brasil conviva com a execução de uma juíza, também não é mais tolerável convivermos com o nível de corrupção que tem marcado o nosso país.
Vemos, na mídia, como a Índia, país com problemas maiores do que os nossos, desperta vigorosamente para o combate à corrupção. E o que falta para o Brasil? Quanto mais indignada for a resposta da sociedade aos escândalos e aos homicídios de cada dia, maior será o poder de reação contra essas mazelas no âmbito do próprio Estado.
A autoridade pública da menor à maior se sentirá fortalecida e incentivada a agir contra a corrupção, que é, em si, uma forma de violência contra a coletividade.
A faxina, então, deixa de ser rápida, como se faz quando chega uma visita inesperada, e passa a ser permanente, vigorosa, profunda. É desse nível de exigência que precisamos. Se nos acostumarmos a deixar barato, perderemos o controle do que é público, do que é de todos nós.
MARINA SILVA escreve às sextas-feiras nesta coluna.
Wagner Moura em Tropa de Elite
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Repúdio a Edital do MINC
Há mais de uma semana recebi com espanto e preocupação a nótícia de que o Ministério da Cultura estava lançando um Edital de Inclusão, o Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 – Edição Albertina Brasil – “Nada Sobre Nós Sem Nós”. A princípio parece uma boa iniciativa, mas o que vemos são equívocos que pretedem repetir a exclusão pela inclusão e premiar a deficiência ao invés da qualidade artística, da importãncia da pesquisa ou as iniciativas de respeito. Um dos muitos absurdos é solicitar laudo médico do deficiente. Num edital que pretende contemplar iniciativas de inclusão, teremos que enviar documentação e registro confirmando as ações. É inadmissível e desrespeitoso com os profissionais, terem que se deslocar para conseguirem laudo médico. Entre outras coisas.
Sabemos também o quanto de oportunistas existem em todas as áreas, mas no que se refere a Inclusão este número é enorme e corremos o risco dessas pessoas serem premiadas e receberem o aval do Governo. Os deficientes são as pessoas que menos ganham com esse tipo de iniciativa.
Lembro que acessibilidade não se restringe a quem trabalha com deficiência ou às pessoas que a possuem, mas diz respeito à toda sociedade e é de responsabilidade de todos, sim. Acessibilidade plena e não apenas rampas de mentira e discursos bonitinhos para aliviar a culpa de quem tem.
Por favor, peço que vocês assinem este abaixo-assinado feito por um grupo de respeito e envolvidos neste assunto. Temos pressa em recolher o maior número de assinaturas porque terça-feira haverá, em porto Alegre, um encontro com o pessoal do MINC e poderemos entregar em mãos este documento. Assim, teremos respaldo para reclamar e pedir providências.
Link para assinatura: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13330
Link para ler o Edital: http://www.escolabrasil.org.br/
Divulguem também, por favor.
Sabemos também o quanto de oportunistas existem em todas as áreas, mas no que se refere a Inclusão este número é enorme e corremos o risco dessas pessoas serem premiadas e receberem o aval do Governo. Os deficientes são as pessoas que menos ganham com esse tipo de iniciativa.
Lembro que acessibilidade não se restringe a quem trabalha com deficiência ou às pessoas que a possuem, mas diz respeito à toda sociedade e é de responsabilidade de todos, sim. Acessibilidade plena e não apenas rampas de mentira e discursos bonitinhos para aliviar a culpa de quem tem.
Por favor, peço que vocês assinem este abaixo-assinado feito por um grupo de respeito e envolvidos neste assunto. Temos pressa em recolher o maior número de assinaturas porque terça-feira haverá, em porto Alegre, um encontro com o pessoal do MINC e poderemos entregar em mãos este documento. Assim, teremos respaldo para reclamar e pedir providências.
Link para assinatura: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13330
Link para ler o Edital: http://www.escolabrasil.org.br/
Divulguem também, por favor.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Argila
Era tudo cheiro de talco. Criança e velho ali misturado. Eu parado, fechando os olhos para forçar sonhos. Nuvens de talco e eu ali parado. Criança e Velho. A porta já não rangia como antigamente. O corredor claro, oposto à escuridão de sempre. Portas novas, feias. As antigas eram pesadas de madeiras grossas, gastas. Azuis. Nenhum azul ali e o cheiro de talco. Nuvem branca como sonho. Saí pela porta dos fundos. Não há mais fundos, quintal, terra preta, galinha. Não há mais tanque com torneira pingando. Não há os limos, o verde, o chão. Talco virando argila nos olhos. Sonho.
E o video da Argila de Carlinhos Brown interpretada por Jussara Silveira e Luiz Brasil
E o video da Argila de Carlinhos Brown interpretada por Jussara Silveira e Luiz Brasil
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