Hoje comemoramos um ano de muita tristeza jogada ao chão, abraços, scarpin amarelo, lenços de papel perdidos. Claro que é uma piada interna e todos devem me perguntar: então porque está publicando aqui?
Pelo simples fato de que este momento está eternizado em nossoas memórias, assim como outros não tantos. Porque estive pensando no poder da amizade e dos encontros e de como isso me perturba. Porque estive lembrando de situações que me marcaram e este está entre o top 5. Porque as pessoas com quem compartilhei as lágrimas, os risos e os copos são tão minhas que se confundem dentro de mim. Porque nem sei o que dizer e é estado de "não saber", de viver o choro através do riso, da loucura em seu grau mais absurdo de sanidade que nos une e nos faz seguir. Porque... porque... quando tudo parecia o fim, eram justamente esses outros que me indicavam o começo.
*trecho da música Último Romance, dos Los Hermanos
Sem palavras...
ResponderExcluirEdu,
ResponderExcluirEu não conhecia esse poeta pantaneiro (confesso minha ignorância). Hoje, ao ler alguns de seus poemas deparei-me com este, que me fez lembrar de você:
"A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas".
Manoel de Barros