A água subia lentamente, não ameaçava derramar espelhando o lustre de gotas fingindo diamante, o teto liso, a face sorridente sem maquiagem. A água fina caía feito choro preso, dor aguda em nó de peito espelhando azulejos brancos, janela de vidro fosco, cortina plástica de bolinhas verdes, shampoo azul, sabonete de rosas e escovão para tirar o peso das costas.
O pé já encharcado pisando tapete de veludo embaixo d'água sobre lajota preta. O sorriso congelado feito morto no espelho que a banheira espelhava já derramada em desespero.
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