sábado, 5 de maio de 2012

Quando fiquei pequeno em Pequim



Estar do outro lado do mundo, para mim, foi mais impactante por pensar geograficamente. Andando numa rua da China encontrei um globo terrestre e precisei, como criança, comprovar o que é óbvio, mas não cai a ficha quando estamos vivendo. Coloquei um dedo no Brasil e percorri o trajeto que fiz até chegar lá. Posição oposta naquele mundo de mentira. Eu estava de verdade naquele ponto distante.

Confesso que não me senti em outro universo, mundos distintos, outro planeta. Não. O Oriente se ocidentalizou, a publicidade faz seu massacre em todo canto. Mesmo assim foi incrível! Foi como num sonho e eu ainda não acordei.

Em muitos momentos me senti um CORPOESTRANHO, CORPOPERTURBADOR. Eles tiravam fotos, me olhavam curiosos e meio escabreados, tímidos. Não somente pela cadeira de rodas, mas também por ser ocidental. Com outros dançarinos do Candoco, companhia de dança que me levou para lá, eles paravam na rua para perguntarem coisas, tirarem fotos... situação curiosa e engraçada.

Comi escorpião, enguia, água viva. Vi lugares inacreditáveis, coisas incríves. Palácios, templos, varais dançando nas ruas e sinos cantando baixo e constante. barcos flutuando como se fosse em nuvens. E eu pequeno diante de tudo aquilo, sentia o quanto crescia aqui dentro.

Um comentário:

  1. Uma cidade imersa em constante bruma....

    Mas pra não perder a piada, o que tinha de pequeno em Pequim sempre ficava oculto por um ziper, hehehehehehehh

    bjundas !

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