Camaleão
Se este blog existe. Se eu danço. Se essa loucura toda teve início, o culpado é Clênio Magalhães. Vivo a repetir e não me canso. Foi Clênio o primerrio a dizer que eu poderia dançar. Eu acrditei nele e aqui estou.
Desde o início, aliás, antes do início ele estava ali comigo. Me chamou para criar a arte e ajudar no cenário do seu maravilhoso Amor, eu sempre Caio, performatizamos juntos em Furtacor 2, Euphoricamos pela França, Brasil, dançamos em boates, tomamos café de madrugada na cozinha de mainha, choramos e fumamos vendo o mar na balaustrada da Barra, fui fazer um Contato Sutil em Valadares e ele estava aqui na estréia de Judite e continua falando dela enquanto eu giro na cadeira.
Já beijamos as mesmas bocas, já sorrimos, já gargalhamos. E temos insônia. Somos os dois notívagos a vagar na noite cavalgando tigres e sonhando acordados.
Furtacor 2 (com Clênio, Edu, Catarina Gramacho e Igor Soares)
"Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora."
trecho de Além do Ponto (Caio Fernando Abreu)
Texto utilizado no espetáculo Amor, eu sempre Caio.
Hoje poeguei minha tarde para me atualizar em vc! E como é lindo e delicioso isso! Superação, emoção, risos e verdade! Foi mto bom me esbaldar nas suas palavras num momento da minha vida, onde as palavras, gestos, situações se perdem! bjos amigo! Rose de Paulo (SP)
ResponderExcluirô meu preto, que surpresa é essa. tô tão sensível estes dias pai, vc ainda faz isso comigo. agora sou eu quem digo, pega leve né? aff... as lágrimas rolam sem a gente querer. sabe como eu sou chorão né meu amigo. olha... saiba que uma das minhas maiores carências é não tê-lo por perto. por perto assim, a qualquer momento te ligar e dizer vamos a praia, vamos ao cinema, vamos à boate, vamo tomar umas e outras, lembra? o tempo passa e vai nos empurrando por lugares que nem sempre escolhemos e para trás deixamos um monte de fatos que parecem não ter se concretizados a ponto de haver despedidas. saiba que eu faço de tudo para não ficar longe de você. pelo menos uma vez no dia eu falo de você para alguém, indico seus projetos para outro ou simplesmente paro para relembrar o timbre exato da sua risada. ainda quero aprontar muito contigo! este é só o começo. um beijo grande do seu amigo que te ama além de amor.
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