Chorik é um desses caras que a gente tem vontade de conhecer e ficar conversando horas a fio. Nos conhecemos através da rede de blogs e nos comunicamos pelos comentários nosposts. Para mim é crise de abstinência se fico muito tmpo sem visitá-lo. Sua escrita é muito humorada e seu olhar sobre a vida nos enriquece. Lógico que pedi a ele para escrever um MICROCONTO DEVOTEE e ele relutou no primeiro momento, disse que não conseguia escrever.
Esta semana recebi um comentário aqui no Corpo e recebi esta surpresa maravilhosa. Ele escreveu:
Edu, saiu uma coisa esquisita inspirada por essa sua loucura...rs
Veja se tem a ver. Se não tiver, simplesmente delete. Abraços.
"Lá fora a chuva caía de forma intermitente. No silêncio do meu quarto eu contemplava mais uma vez aquele corpo nu. Via no rosto a expressão de uma vida inteira roubada pela pólio. Naquelas pernas definhadas pelo esquecimento a inércia convidava ao toque macio das mãos. Os braços estendidos pareciam sussurrar “entra no meu mundo, carrega-me para sempre”. Mas, do lado de cá do espelho, a cadeira de rodas era real demais e eu jamais consumei aquele amor-(im)próprio."
Muito bom! E isso porque ele disse que não conseguia escrever... imagine...
ResponderExcluirpois é, taí o conto...
ResponderExcluirAh, Chorik fez tanta preparação, pensei que era algo muito erótico. É lírico, é pungente.
ResponderExcluirJá sou fã de carteirinha e coração do Chorik, mas este conto só faz aumentar a admiração.
ResponderExcluirHumor, contundente. E como diz Gerana, "é lírico, é pungente."
bONITO.
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