São Paulo me sorri mesmo quando está de cara fechada.
Saí de Santo Amaro há muito tempo. Costumo brincar que minha cidade é uma Metrópole e tudo pode acontecer ali. Aquele chão, realmente, é especial e tem um humor peculiar nas falas de todo mundo que é de lá, figuras incríveis, História e histórias... Por falta de oportunidade de crescimento, os filhos da terra precisam se afastar e mesmo sendo louco por minha Santinho, percebi que quando saimos de um lugar algo em nós deixa de pertencer a aquilo ali e também não pertecemos mais a nenhum outro. Nunca me senti parte de Salvador, por exemplo. Sou um hóspede, um visitante eterno. Não me adapto a muitas coisas dessa capital, não vejo graça em tantas outras, nossa relação sempre foi muito confusa.
Agora em São Paulo aconteceu uma paixão a primeira vista. Foi uma paixão que me trouxe a esta terra e depois o sentimento cresceu tanto que fiquei apaixonado pelo lugar. Eu gosto tanto de São Paulo que aqui eu não tenho necessidade de sair desembestado como turista, não sinto vontade de ficar pelas ruas da cidade aproveitando o tempo da viagem. Como quando eu estou em casa, eu gosto é de aproveitar o tempo dos encontros. Me faz bem somente estar aqui, encontrar os amigos e ganhar as horas falando besteira, rindo, papeando seriedades, recebendo mais gente que chega pro Cafofo... os dias passam como lugar que acolhe, protege e está feliz em você estar ali, nele, com ele.
Nas duas casas que tenho em Sampa (de Cléa e Ed) é como se eu estivesse lá na casinha da Nova Santo Amaro, tocando violão, comendo pipoca com a turma mais bonita da cidade.
verdade santo amaro é útero para tudo
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