segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O filho que eu tive

Saí de casa com muita alegria pelo retorno às atividades do espetáculo. Fui ao ensaio com o coração pulando de ansiedade pelo reencontro com o pessoal. Rever Diane, Lorena, Cássio, Meia Lua. Chegar ao ICBA e reviver tudo que aconteceu ali. A mágica de estar em cena e tudo acontecer e coisas imprevistas surpreenderem com tanta beleza. Pensar no que vai acontecer. Ter receio pelo que me aconteceu recentemente e medo de que haja uma recaída. Não. isso não acontecerá porque já tomei as rédeas e agora é minha cabeça quem manda no meu corpo.

CURA!

Começamos o ensaio com receio e vendo possibilidades de manter a energia das cenas, mas de forma que não sacrifique meu corpo, que ele se sinta cuidado e não me apronte mais nenhuma surpresa sem graça. O aquecimento e a energia de Di. O abraço tão afetuoso de lore. O olhar e sorriso que sustenta de Cássio e todo o carinho e atenção de Meia Lua, me comoveram.

O Corpo Perturbador é o meu primeiro filho, gênero masculino, talvez por isso tenha sido tão difícil nossa relação. Pais e filhos sempre se estranham, né? Estamos em fase de adaptações e ele tem se mostrado mais maleável e no fundo já me encheu de alegria com as conquistas que teve desde a gestação.

Suas irmãs são as menininhas dos sonhos de qualquer pai. Judite é mais dengosa, exige um cuidado especial porque parece frágil, mas é muito carinhosa comigo e já me levou pelo mundo. Odete, dos três herdeiros, é a mais independente e quem mais soube cuidar de mim. Grandiosa!

Que loucura ter uma relação assim com seus projetos, mas sinto desta forma. Sei que a família crescerá muito ainda, mas este filhote caçula já demonstrou sua personalidade forte e tentou me domar. Não permitirei mais, não lhe darei ousadia.

Quinta-feira estaremos brincando no Pátio do Icba e sorrindo de tudo que aconteceu juntos.

Foto Alessandra Nohvais

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